A Guerra do Fim do Mundo, escritos apocalípticos do saudoso Luiz Lyrio

Por Luiz Lyrio*

Às 2 horas e 45 minutos da madrugada do dia 12 de março de 2012, a inatraente Irina Shaparova Jones desembarcava no aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, ficando retida por mais uma hora pela burocracia brasileira e suas medidas inúteis e exageradas para evitar o inevitável vírus JEH1 que se espalhava com incrível rapidez pelo mundo.

Enfim liberada, Irina seguiu em direção ao saguão do aeroporto, procurando pelo misterioso chefe de seu falecido marido. Um sujeito baixinho, totalmente calvo, cujos ridículos óculos redondos não combinavam com o formato triangular do seu rosto, carregava uma placa com a inscrição “Irina S.J.”. Joseph S.G., depois de se apresentar, conduziu Irina até seu carro, um fusquinha azul incrivelmente bem conservado, no qual seguiram para um hotel de quinta categoria que ficava numa casa fantasmagórica, estranha sobrevivente da especulação imobiliária reinante na cidade, no bairro do Flamengo.

Instalados no pulgueiro fétido, registrados naquela espelunca como Mr. e Mrs. Jones, Joseph resolveu confiar no bom senso da viúva de John Taylor e contar-lhe parte da verdade que conhecia (...).”

Visite www.luizlyr.blogspot.com e leia o sexto capítulo de A GUERRA DO FIM DO MUNDO.

Estes escritos foram enviados, antes de Luiz Lyrio falecer. O volume 2 do Nós da Poesia faz homenagem a este grande poeta que deixou um legado não só literário como humano.

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